Em Bruxelas, para a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, o secretário de estado norte-americano, Marco Rubio, assegurou aos velhos aliados que os EUA ainda estão empenhados na Aliança. Mas a mensagem de pressão para que a Europa intensifique os seus esforços para tornar a NATO numa aliança mais equilibrada, capaz e resiliente. “Não é claro se Donald Trump está realmente interessado na NATO”, considera Christoph Bluth, analista britânico de relações internacionais e defesa da Universidade de Bradford.
O Presidente norte-americano tem manifestado repetidamente ceticismo quanto à eficácia da NATO e o papel dos EUA no seio da aliança. Em março de 2025, lançou dúvidas sobre a vontade dos EUA de defender os aliados da NATO que não cumpram as metas de gastos com a defesa, sugerindo que poderia encorajar a Rússia a “fazer o que quisesse” em tais casos. Pete Hegseth, ministro da Defesa, deu ainda a entender que os EUA podem não apoiar a Europa em qualquer conflito armado, concentrando-se a administração Trump, em vez disso, em confrontar a China. Informações das secretas europeias indicam que a administração Trump estava a ponderar renunciar ao papel de longa data dos EUA como Comandante Supremo Aliado da NATO na Europa (SACEUR), uma medida que sinalizaria um retrocesso significativo da liderança dos EUA no seio da aliança.
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