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Guerra na Ucrânia

A fuga e o regresso, os snipers, a dor e a violação, os tártaros, os pequenos homens verdes: como é viver na Ucrânia ocupada pela Rússia?

Soldados do batalhão Azov manifestam-se durante a homenagem ao massacre na prisão de Olenivka, na região de Donetsk
Soldados do batalhão Azov manifestam-se durante a homenagem ao massacre na prisão de Olenivka, na região de Donetsk
Global Images Ukraine

Três anos passados desde o início da grande invasão da Ucrânia ninguém sabe ao certo quantos ucranianos vivem nos territórios ocupados, mas calcula-se que pelo menos cinco milhões. O Expresso recolheu vários testemunhos de gente que vive nestes lugares

Ninguém sabe ao certo quantos Ucranianos vivem nos territórios ocupados mas calcula-se que pelo menos cinco milhões, de acordo com Alyona Lunova, directora do centro para os direitos humanos Zmina em Kyiv. Muitos saíram em 2014, mais ainda em 2022.

Alguns falam de mudanças para melhor, outros que a situação piora a cada dia. Há quem escape no limite. Outros regressam aos territórios ocupados, porque não têm dinheiro para alugar uma casa, ou porque simplesmente querem viver nas casas e nas ruas onde cresceram sejam elas Ucrânia ou Rússia.

Estas histórias do outro lado do “muro” são uma realidade desconhecida e muitas vezes ignoradas pelos jornalistas pelas condições difíceis de acesso, em alguns casos fatais. A jornalista ucraniana Vitktoriia Roshchina, que reportou durante meses de territórios ocupados pela Rússia foi presa e acabou por morrer em cativeiro no ano passado. Viktoriia foi presa simplesmente por mostrar a realidade nestes locais, publicando grande parte do trabalho na Rádio Free Europe e Ukrainska Pravda.

O Expresso recolheu entrevistas presenciais, telefónicas e escritas de quem vive ou viveu durante a ocupação Russa. As identidades foram ocultadas por razões de segurança. Adotámos nome fictícios ou iniciais.

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