A Suíça vai receber pelo menos 90 delegações numa cimeira que é um primeiro passo de um processo que terá de incluir a Rússia. Ser neutral não é ser indiferente, defende o MNE do país
As expectativas estão baixas, mas isso pode não ser necessariamente mau. A chamada “Cimeira de Alto Nível sobre a Paz na Ucrânia”, pedida por Kiev, vai realizar-se este fim de semana na Suíça, no hotel Bürgenstock, na vila de Obbürgen, e o foco já anunciado não é discutir um acordo para o fim da guerra — tal não é possível sem a presença de uma delegação russa, que não foi convidada —, mas sim alguns dos pontos do plano de paz de Zelensky, apresentado ainda em 2022. Desse plano constam algumas linhas, como a retirada total das tropas russas e o julgamento da Rússia pelo crime de agressão, que significariam uma capitulação de Moscovo, um cenário que alguns dos líderes que confirmaram presença não estariam prontos a aceitar.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: afranca@impresa.pt