Guerra na Ucrânia

França diz que convocação do seu embaixador em Moscovo pela Rússia foi intimidação

Putin e Macron, num encontro em 2022
Putin e Macron, num encontro em 2022
Getty Images

Moscovo convocou na segunda-feira Pierre Levy para denunciar a política "provocatória" de Paris em relação ao conflito na Ucrânia

A França considerou esta terça-feira que a convocação pela diplomacia russa do seu embaixador em Moscovo, na segunda-feira, teve objetivos de intimidação.

"A França constata que os canais diplomáticos estão mais uma vez a ser sequestrados para fins de manipulação de informação e de intimidação", pode ler-se num comunicado hoje divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da França.

A Rússia convocou na segunda-feira o embaixador francês para denunciar a política "provocatória" de Paris em relação ao conflito na Ucrânia, depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter insistido sobre a possibilidade de enviar para tropas ocidentais para a frente de batalha.

"Se os russos conseguissem romper as linhas da frente, se houvesse um pedido ucraniano -- o que não é o caso hoje -- deveríamos legitimamente colocar-nos a questão", admitiu recentemente o presidente francês.

Macron já tinha provocado polémica, no final de fevereiro, ao afirmar que o envio de militares ocidentais para solo ucraniano não deveria ser excluído no futuro.

A maioria dos países europeus, bem como os Estados Unidos, rejeitaram essa possibilidade, embora alguns tenham avançado nesse sentido desde então.

Na segunda-feira, a Rússia anunciou a realização de exercícios nucleares com armas nucleares táticas perto da Ucrânia, em reação ao que considerou serem ameaças feitas por líderes ocidentais, referindo-se à hipótese de enviar soldados da NATO para a Ucrânia.

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