União Europeia confia em papel dissuasor da China face a exercícios nucleares russos
Vladimir Putin ordenou exercícios nucleares perto da fronteira ucraniana em resposta à proposta de Macron de deslocar tropas da NATO para a Ucrânia
Vladimir Putin ordenou exercícios nucleares perto da fronteira ucraniana em resposta à proposta de Macron de deslocar tropas da NATO para a Ucrânia
A presidente da Comissão Europeia disse esta segunda-feira em Paris confiar que a China continuará a desempenhar um papel dissuasor em relação às ameaças nucleares da Rússia, na sequência de um anúncio de exercícios com armas deste tipo por Moscovo.
"O Presidente Xi [Jinping] desempenhou um papel importante no desanuviamento das ameaças nucleares irresponsáveis da Rússia e estou confiante de que continuará a fazê-lo", afirmou Ursula von der Leyen após uma reunião trilateral na capital francesa com o chefe de Estado chinês e com o Presidente francês, Emmanuel Macron.
O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou exercícios nucleares que serão realizados num futuro próximo e irão envolver tropas localizadas perto da fronteira ucraniana, em resposta à proposta, nomeadamente de Macron, de deslocar tropas da NATO para a Ucrânia, anunciou hoje o Kremlin (presidência russa).
Após o encontro em Paris, Ursula von der Leyen adiantou ainda que a União Europeia (UE) conta que a China use a sua influência sobre Moscovo para ajudar a acabar com o conflito lançado em 24 de fevereiro de 2022, data do início da invasão russa da Ucrânia.
A chefe do executivo comunitário e o líder francês pediram ainda a Pequim que se esforce por limitar a entrega ao Kremlin de equipamentos com duplo uso -- civil e militar -- que são usados no campo de batalha.
Xi Jinping iniciou hoje em França a primeira visita à Europa desde a pandemia de covid-19, seguindo depois para a Hungria e Sérvia, países considerados próximos da Rússia e do líder russo, Vladimir Putin.
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