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Guerra na Ucrânia

Mykhailo Podolyak ao Expresso: “Temos de perder a ilusão de que podemos pacificar o agressor, negociar com o Irão ou com a Rússia”

Mykhailo Podolyak na sede da agência de notícias da Ucrânia, quando ainda estava protegida com sacos de areia
Mykhailo Podolyak na sede da agência de notícias da Ucrânia, quando ainda estava protegida com sacos de areia
Future Publishing/Getty Images

Costuma ouvir-se sobre Mykhailo Podolyak que é o segundo nome mais citado da Ucrânia, e é provável que seja. Tem milhão e meio de seguidores na rede social X, que se habituaram a segui-lo pelos seus comentários não-filtrados, impulsivos e, por vezes, maniqueístas sobre a guerra. Está ao lado do Presidente ucraniano no famoso vídeo, gravado no segundo dia da invasão russa, que visou provar que estava em Kiev e não pensava fugir. Podolyak continua lá

Mykhailo Podolyak ao Expresso: “Temos de perder a ilusão de que podemos pacificar o agressor, negociar com o Irão ou com a Rússia”

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Dizem que é ele o homem que diz a Volodymyr Zelensky o que dizer. Ele nega. Mas não há como negar que Mykhailo Podolyak é parte central na construção da imagem da Ucrânia para o exterior e da narrativa do bem contra o mal que se tornou fator tão importante do esforço de guerra como qualquer míssil ou tanque que chegue ao campo de batalha.

E é aí que o Ocidente está a falhar, acredita o principal conselheiro do Presidente ucraniano. Não há armas a chegar ao campo de batalha. Na sua ausência nascem os “artigos deprimentes da comunicação social ocidental a dizer que está tudo mal”.

A dramatização do discurso não é novidade entre os principais homens do Presidente, e Podolyak é tudo menos alguém que envolva as palavras em algodão para não magoar com o seu arremesso. Em entrevista ao Expresso, no rescaldo de um ataque a Israel com armas em tudo semelhantes às que o Irão fornece à Rússia para usar na Ucrânia, diz que a reputação dos Estados Unidos como líder do mundo livre está em risco caso se atrasem muito na defesa das democracias que ajudaram a sustentar. Não entende como ainda se debate se é possível negociar com regimes como os do Irão ou da Rússia.

A tradução simultânea e correção gramatical do ucraniano foram feitas por Oleksandra Boychenko

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