Brian J. Morra, antigo oficial das secretas norte-americanas, tem uma perspetiva crítica da abordagem de Joe Biden às guerras, em particular à da Ucrânia. Na perspetiva do perito em segurança, que chegou a ser condecorado quando estava na Força Aérea, o Presidente norte-americano deveria ter estabelecido “objetivos específicos” para definir o que seria uma vitória na Ucrânia. Não o tendo feito, juntamente com a NATO, condenou o seu Governo a uma ajuda militar infindável que poderá não produzir resultados.
“Os Estados Unidos e o resto da NATO moveram-se muito, muito lentamente para fornecer à Ucrânia as armas necessárias para vencer, ou, pelo menos, ter um impasse decisivo na Ucrânia”, diz Brian Morra ao Expresso. “Em vez de haver algum tipo de plano secreto para acabar com a guerra, o que está a acontecer é que os políticos estão atrapalhados.” O autor do livro “The Able Archers”, sobre como a Humanidade evitou por pouco a extinção, no outono de 1983 [um exercício militar da NATO motivou o abate do voo 007, da Korean Airlines, pela União Soviética] conversou com o Expresso sobre a emergência das tensões internacionais, com três polos em competição: o mundo ocidental e democrático, os gigantes autocráticos e o Sul global.
A entrevista foi feita antes do líder da Câmara dos Representantes norte-americana, Mike Johnson, ter anunciado que devem ser votados planos separados de ajuda militar à Ucrânia e à Israel e antes do ataque iraniano a Israel.
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