Desde o início da guerra na Ucrânia, quase 20 mil homens saíram do país para escapar ao recrutamento, relata a BBC. Outros 21 mil tentaram não ser alistados e, destes, a maioria (cerca de 14 mil) tentou atravessar a fronteira a pé ou a nado, enquanto os restantes 6800 recorreram a documentos obtidos de forma fraudulenta para ficarem isentos de combater, nomeadamente inventando doenças.
De acordo com os dados avançados pela estação pública britânica, entre fevereiro de 2022 — mês em que começou a guerra — e o dia 31 de agosto deste ano, 19.740 ucranianos atravessaram ilegalmente a fronteira para a Roménia, Moldávia, Polónia, Hungria e Eslováquia, todos países vizinhos da Ucrânia.
Após a agressão russa, a esmagadora maioria dos homens dos 18 aos 60 anos foram proibidos de abandonar a Ucrânia. Por outro lado, estão excluídos do recrutamento militar os pais com três ou mais filhos, homens que prestem cuidados a terceiros ou com problemas de saúde.
Já em agosto, o Presidente ucraniano tinha denunciado as falsas isenções passadas por comissões militares médicas, a que chamou de “decisões corruptas”. De acordo com Volodymyr Zelensky, isso fez com que o número de isenções de recrutamento aumentasse dez vezes desde o início da guerra.
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