Com a crescente tensão entre a Ucrânia e a Polónia relativa ao embargo provisório dos cereais ucranianos, quase um milhão de refugiados ucranianos na Polónia pode estar em risco de perder benefícios sociais e fiscais. Até agora, os refugiados dispensavam requisitos de residência, tinham acesso gratuito aos serviços de saúde e educação, e tinham direito a reforma, subsídio parental e outros benefícios familiares. Agora, o Governo polaco admitiu ser possível retirar toda a ajuda aos refugiados no próximo ano.
A relação entre os dois países tem vindo a deteriorar-se com a proibição de venda de cereais ucranianos na Polónia e a aproximação das eleições polacas a 15 de outubro. Piotr Müller, porta-voz do governo, afirmou no canal televisivo Polsat que os apoios não serão renovados em 2024 ou, caso sejam, será numa escala inferior. Segundo Anna Schmidt, vice-ministra do Ministério da Família, Trabalho e Política Social, o país já gastou cerca de 2.4 milhões de zlotys, o equivalente a 519 milhões de euros, em apoios parentais destinados às famílias de refugiados ucranianos.
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