Exclusivo

Guerra na Ucrânia

Kiev está a receber as armas de que precisa para vencer? Há expectativas desajustadas quanto à contraofensiva? A resposta é complexa

 “O tempo não está do lado da Ucrânia"
“O tempo não está do lado da Ucrânia"
Global Images Ukraine

Há meses que a Ucrânia pede armamento que demora a chegar. Seja por receios de escalada ou porque a cadeia de abastecimento global está sob tensão — e fabricar o equipamento necessário leva tempo —, seja até por desapontamento em relação ao desempenho ucraniano ou às suspeitas de corrupção sobre o Ministério da Defesa, as remessas não têm sido suficientes para atingir o objetivo final. Os próximos meses serão difíceis, com as forças ucranianas a terem de sobreviver a novo inverno, sem superioridade aérea e sofrendo possíveis ataques contra infraestruturas

Historicamente, existe, em regra, uma divergência entre o que as forças militares no terreno solicitam e o que pode ser fornecido pelas indústrias de Defesa. No caso da guerra na Ucrânia, não é diferente. Os pedidos por armamento têm sido constantes no discurso das autoridades de Kiev, mas não só.

O antigo primeiro-ministro britânico Boris Johnson tem sido uma das vozes que mais reclamam, vincando que as tropas da Ucrânia não têm recebido aquilo de que precisam para vencer, o que voltou a fazer nos últimos dias, num artigo de opinião para a revista “The Spectator”. Questionando “por que não ‘estamos’ a dar à Ucrânia aquilo de que precisa”, Johnson argumenta que “os Estados Unidos doaram apenas cerca de 1% do seu orçamento anual de defesa às Forças Armadas da Ucrânia, ao passo que o Reino Unido forneceu apenas uma fração do que os Estados Unidos deram”.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate