Guerra na Ucrânia

Zelensky visita Casa Branca e Capitólio na próxima semana

Em dezembro de 2022, Volodymyr Zelensky discursou perante o Congresso dos EUA. Tinha atrás uma bandeira ucraniana erguida pela vice-presidente Kamala Harris e a então líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi
Em dezembro de 2022, Volodymyr Zelensky discursou perante o Congresso dos EUA. Tinha atrás uma bandeira ucraniana erguida pela vice-presidente Kamala Harris e a então líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi
Mandel Ngan/AFP/Getty Images

O Presidente ucraniano desloca-se a Washington na próxima semana, adianta a agência Associated Press. Volodymyr Zelensky deve visitar a Casa Branca e o Capitólio durante a sua viagem aos Estados Unidos. Também irá a Nova Iorque para participar na Assembleia-Geral das Nações Unidas

Dez meses depois de ter recebido Joe Biden em Kiev, Volodymyr Zelensky deve visitar o Presidente americano na Casa Branca durante a próxima semana, anunciou esta sexta-feira a agência Associated Press. Durante a estada em Washington o chefe de Estado ucraniano irá também ao Capitólio, numa deslocação que o levará ainda a Nova Iorque, onde intervirá na Assembleia-Geral das Nações Unidas. Poucos detalhes da visita foram divulgados.

A viagem foi confirmada por um responsável do Governo, que falou sob anonimato, referindo que Zelensky irá encontrar-se com Biden na Casa Branca, na próxima quinta-feira. A viagem ocorre num momento em que o Congresso dos Estados Unidos debate o fornecimento de 21 mil milhões de dólares (cerca de 19.700 milhões de euros) em ajuda militar e humanitária à Ucrânia, que enfrenta a invasão russa. A visita ao Capitólio foi confirmada por dois assessores do Congresso, também sob a condição de anonimato.

O chefe de Estado ucraniano já esteve na capital dos Estados Unidos no decurso da guerra, em dezembro de 2022. Ali, proferiu um forte discurso durante uma sessão conjunta do Congresso. Na altura, Zelensky agradeceu aos americanos e destacou perante os congressistas que o dinheiro “não é caridade”, mas um “investimento” na segurança global e na democracia.

Republicanos querem limitar ou eliminar apoio à Ucrânia

O Congresso está cada vez mais dividido sobre o fornecimento de financiamento adicional para a Ucrânia. Biden propôs um pacote de 13 mil milhões de dólares (cerca de 12.200 milhões de euros) em ajuda militar adicional para a Ucrânia e 8000 milhões (cerca de 7500 milhões de euros) para apoio humanitário.

Alguns congressistas republicanos conservadores têm exigido amplos cortes nos gastos federais e há mesmo quem procure explicitamente interromper o fluxo de dinheiro para a Ucrânia, enquanto o Congresso trabalha para aprovar os seus projetos de lei de dotações anuais antes do prazo final de 30 de setembro para manter o Governo dos Estados Unidos em funcionamento.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia causou, segundo os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-45).

A invasão — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate