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Guerra na Ucrânia

F-16 a caminho da Turquia: Erdogan conseguiu o que queria ao bater o pé à adesão da Suécia à NATO

Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan durante a cimeira da NATO, em Vilnius
Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan durante a cimeira da NATO, em Vilnius
KACPER PEMPEL/REUTERS

Erdogan saiu de Vilnius com a promessa dos F-16, e também com o levantamento do embargo de venda de armas à Turquia do aliado Canadá. O acordo celebrado na passada segunda-feira refere apenas o estabelecimento de uma comissão bilateral de segurança, que a Suécia ira nomear um coordenador antiterrorista, e que continuará a limitar as operações do PKK e outros grupos terroristas no seu país. Talvez a única novidade terá sido o apoio sueco ao processo de adesão da Turquia à UE, e ao processo de liberalização de vistos para cidadãos turcos

F-16 a caminho da Turquia: Erdogan conseguiu o que queria ao bater o pé à adesão da Suécia à NATO

José Pedro Tavares

Correspondente em Ancara

Recep Tayyip Erdogan, o Presidente turco, jogou forte, abanou as hostes, e obteve aquilo que queria – o reconhecimento que a Turquia é um país indispensável na NATO, e os tão ansiados F-16 americanos, que o Presidente Biden prometeu virão agora para a Turquia.

Os aviões americanos eram desejados há muito: Ancara quer comprar 40 aviões novos, e modernizar 79 outros que já estão na sua frota, num contrato que rondará os €20 mil milhões, e inclui também a venda de 900 mísseis ar-ar e 800 bombas para os aviões. Ancara colocou a encomenda depois da administração americana ter expulsado a Turquia do programa de desenvolvimento do novo caça americano F35, após Erdogan ter contrariado os seus aliados da NATO ao insistir em comprar uma bateria de mísseis russos S400, que os americanos dizem ser incompatíveis com os sistemas da Aliança Atlântica, enfraquecendo os mesmos. Na altura a administração americana impôs à Turquia uma série de sanções económicas e militares, e o congresso bloqueou a venda dos F-16 e outras armas.

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