Governo avisa: ataques de hackers pró-russos contra Portugal são “muitos e todos os dias”

Há cada vez mais grupos de hackers pró-russos a lançar ataques informáticos contra empresas e serviços públicos de países ocidentais. A ciberguerra russa começou ao mesmo tempo que a guerra no campo de batalha, e tem conseguido recrutar criminosos que se descrevem como “hacktivistas”, um neologismo que junta “hacker” e “ativista”.
Os ataques russos contra entidades de países da NATO triplicaram desde 2020, diz ao Expresso Harv Xavier, um hacker ucraniano que é um dos principais membros do “IT Army da Ucrânia”, um grupo informal de especialistas em cibersegurança que tem trabalhado na neutralização destes ataques russos.
Como o Expresso noticiou a 24 de março, o grupo de hackers “NoName057” conseguiu bloquear durante várias horas o site da principal sede operacional da NATO, denominado Supreme Headquarters Allied Powers Europe (SHAPE), que é o quartel-general onde são planeadas as operações militares da Aliança Ocidental a nível mundial. Só nos primeiros três meses do ano, os “NoName057” foram responsáveis por pelo menos 900 ataques informáticos contra entidades ocidentais.
Um incidente ainda mais grave aconteceu esta semana: o grupo “Killnet” entrou nos servidores da NATO e roubou informações sensíveis sobre operações militares, colocando-as à venda na dark web por apenas um euro, mostrando mais uma vez que não se movem por razões financeiras.
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