Ainda é possível entrar em Bakhmut, mas cada minuto que Patrick Münz, a sua equipa e todos os voluntários que trabalham na cidade passam lá dentro é um minuto a mais do que deviam, um minuto que ficam a dever à morte, que já não se define no campo da possibilidade, mas no da probabilidade. Domingo passado, um ataque dirigido a uma casa abandonada não matou Patrick precisamente por um minuto, o tempo que o seu jipe demorou a percorrer os metros de estrada esburacada que o separavam desse edifício.
“Estávamos a chegar a casa de uma família, para trazê-la, quando outra casa explodiu a cerca de 15 metros de nós. O carro levou com estilhaços, não ficámos feridos, mas, se tivesse atingido a estrada, não teríamos escapado com vida”, conta ao Expresso. Está em Kramatorsk, a maior cidade ucraniana no Donbas, no Leste do país. É a sede da associação BASE UA, que há mais de seis meses recolhe pessoas naquela frente de guerra: Severodonetsk, depois Lysychansk, depois Soledar, agora Bakhmut. Quando possível.
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