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Guerra na Ucrânia

Começou a nova ofensiva russa? Há movimentações no Donbas, mas ainda não é o grande ataque que os ucranianos esperam

“Não é claro se a tão esperada ofensiva russa já começou”
“Não é claro se a tão esperada ofensiva russa já começou”
YASUYOSHI CHIBA

Os novos pedidos de armas ocidentais, durante a visita de Volodymyr Zelensky a Bruxelas, surgiram no mesmo dia em que autoridades regionais ucranianas reclamaram uma nova grande ofensiva russa a iniciar-se em Luhansk. Mas os analistas militares têm dúvidas: a dispersão dos ataques não indicia uma ofensiva estrategicamente planeada. No entanto, o aproximar do aniversário da guerra - a 24 de fevereiro - pode aumentar o desejo de Putin de conseguir “algo que possa apontar como uma vitória” a nível interno

O aparato da passagem de Zelensky por Bruxelas quase ofuscava a nova vaga de ataques russos, descrita pelas autoridades ucranianas como “a grande nova ofensiva a leste”. Em 24 horas, porém, a salva de mísseis russos dispersou-se por todo o país, à semelhança do que Moscovo já tinha feito há alguns meses. Mísseis S-300 foram lançados sobre a cidade de Zaporíjia e a região de Kharkiv. Terão sido até 35, de acordo com autoridades ucranianas. Os ataques aconteceram um dia depois de o líder da administração regional de Luhansk, Serhiy Hayday, ter referido que a Rússia tinha intensificado a atividade naquela região do país, como “parte da ofensiva de larga escala" que vinha planeando. Mas estará a nova grande ofensiva já em marcha? O grau de dispersão dos disparos leva os analistas a crer que a tal ofensiva, de grande relevo e dramatismo, ainda não começou.

“Não é claro se a tão esperada ofensiva russa já começou”, analisa Mark Cancian, antigo conselheiro do Departamento de Defesa norte-americano, em declarações ao Expresso. Isto porque os ataques terrestres aumentaram, mas “não foram acompanhados da utilização maciça de forças que se esperava”. Os ataques aumentam em torno do Donbas, como era previsível, e continua a ser muito cedo para dizer onde se situa o foco principal. “Por exemplo, os russos ainda estão a atacar perto de Bakhmut [Donetsk]”, sistematiza Mark Cancian.

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