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Guerra na Ucrânia

Lutam ao lado dos ucranianos, mas sonham com a sua própria independência. Dentro do quartel-general de um batalhão checheno

Maga (à esquerda) e Tor, nomes de guerra de dois chechenos que lutam pela Ucrânia mas também pela independência do seu próprio país
Maga (à esquerda) e Tor, nomes de guerra de dois chechenos que lutam pela Ucrânia mas também pela independência do seu próprio país
Ana Baiao

Há chechenos a lutar por ambos os lados da guerra da Ucrânia. Tor e Maga fazem parte de um batalhão que luta contra a agressão das tropas russas. O Expresso foi conhecer seu quartel-general, em Kiev. De rosto tapado durante toda a entrevista, revelam um sonho que só se realiza se a Ucrânia vencer a guerra

Ana França (texto) e Ana Baião (fotos), enviadas à Ucrânia

O quartel-general do batalhão Dzhokhar Dudayev fica numa zona de escritórios, armazéns e garagens de arranjo de automóveis. O prédio, com uma placa à porta onde se lê “o sítio onde vocês gostariam de trabalhar”, é só mais um caixote de betão indistinguível de tantos outros nos arredores de Kiev. Na cave, os chechenos que lutam ao lado dos ucranianos contra o exército russo reabastecem-se, limpam metralhadoras, analisam mapas. Descansam da batalha de Bakhmut, onde estiveram mais de três meses.

Há beliches, comida, uma bandeira da Ucrânia pendurada ao lado da bandeira da República Chechena da Ichkeria, que tem o seu governo no exílio, e que declarou independência da URSS em 1991, pagando pela audácia em sequestros, violações, assassinatos, desaparecimentos de milhares de chechenos. Há uma razão pela qual hoje poucos conseguem distinguir as fotografias de Mariupol das de Grozny, as de Grozny das de Alepo, as de Alepo das de Bakhmut. Há poucas armas tão fortes quanto um rancor comum. Há um desejo irmanado de libertação.

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