Hoje a noite pertence a Marina. O bar e galeria de arte Modi - o nome vem do pintor e escultor italiano Amedeo Modigliani - está com casa cheia para uma leitura de poesia, aberta a todos os que tenham a coragem de derramar a alma ao microfone, mas a estrela é Marina Tseluiko, 40 anos, mãe, poetisa, pasteleira antes da guerra e cozinheira do batalhão Azov durante quatro meses de guerra. “Já sei que vão perguntar se são fascistas, não são fascistas, são iguais aos outros homens corajosos que defendem a Ucrânia”.
A sala irrompe em aplausos como já tinha acontecido uma hora antes quando o dono do bar, Dmitry Vityk, nos tinha anunciado como representantes da imprensa de um país que informara o envio de quatro Leopards para a Ucrânia uma hora antes.
Kiev, 17h, dois graus abaixo de zero. Já é noite e estão centenas de pessoas na rua: rappers com os seus microfones ligados a enormes amplificadores improvisam rimas e uma rapariga que à primeira vista parece abanar-se ao ritmo delas. Afinal está com auscultadores sem fios nos ouvidos - dança na sua discoteca privada que fica no meio da rua.
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