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Guerra na Ucrânia

Negociações entre Ucrânia e Rússia podem arrancar num “futuro próximo”: “Os EUA e a China serão quem fará a paz. A paz resulta para eles”

Bakhmut, Donetsk
Bakhmut, Donetsk
Anadolu Agency

A Força Aérea russa ainda pode surpreender no teatro de operações na Ucrânia, ao contrário das forças em terra, que têm tido um desempenho sofrível. De acordo com Greg Kennedy, professor de Estratégias de Política Externa da King's College, em Londres, a pausa operacional da guerra reacende a pergunta: quando será o momento certo para as negociações de paz? Os EUA estão preocupados com a duração da guerra e os aliados da NATO já se interrogaram sobre quem vai pagar a megalómana reconstrução de que a Ucrânia carece

Uma guerra em pausa operacional não é uma “Guerra Falsa”, como foi definido o período inicial do segundo grande conflito mundial, entre 3 de setembro de 1939 e 10 de maio de 1940. Este momento da disputa armada na Ucrânia pode, no entanto, ser comparável à I Guerra Mundial, marcada pelo aprofundamento de trincheiras e fortificações. É o que defende Greg Kennedy, professor de Estratégias de Política Externa da King's College, em Londres, e diretor do think tank Economic Conflict and Competition Research Group, nesta entrevista com o Expresso. A análise apresentada poderia ser meramente circunstancial, não fosse a pressão sentida pelos Governos ocidentais, especialmente pelo Executivo de Joe Biden, para chegar a uma fórmula de paz com a celeridade possível.

De acordo com o investigador do departamento de Estudos de Defesa da King's College, não tardará a tentativa dos EUA de pressionar a Ucrânia para negociar a saída da guerra, até porque os democratas norte-americanos estarão preocupados com a próxima corrida presidencial. Mas as negociações de paz não serão fáceis nem rápidas. Greg Kennedy acredita que a região viverá uma dualidade à semelhança da tensão entre as duas Coreias e que a fronteira entre a Ucrânia e a Rússia será "uma cortina de ferro". A guerra também não deixará o Kremlin tão derrotado quanto se poderia pensar, diz o analista: “A Rússia não sairá destruída, e teremos de ter muito cuidado quanto aos termos da paz com Moscovo, porque podemos estar a estabelecer um acordo que faça com que a Rússia se mantenha anti-Ocidente durante muito tempo.”

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