Guerra na Ucrânia

Entrevista à Nobel da Paz de 2022: “Os soldados russos não cometem crimes por serem doidos. Recebem ordens”

16 outubro 2022 22:35

Tomás Guerreiro

A Diretora e fundadora do Centro para as Liberdades Civis, prémio Nobel da Paz 2022, Sasha Romantsova, diz ao Expresso que não duvida que estejamos perante um genocídio da população ucraniana e também que tem medo do que as autoridades possam encontrar nas cidades que estão há mais tempo sob ocupação

16 outubro 2022 22:35

Tomás Guerreiro

Sasha Romantsova fundou e dirige o Centro para as Liberdades Civis (CLC), organização ucraniana que conquistou o Prémio Nobel da Paz este ano. O comité norueguês distinguiu uma “coligação defensora dos direitos humanos”, que inclui ainda a instituição russa Memorial e o ativista bielorrusso Ales Bialiatski.

O CLC documenta crimes de guerra em território ucraniano, ocupado ou soberano, desde 2014. Apoia ativistas na Bielorrússia, Rússia, Azerbaijão ou Cazaquistão e celebrizou-se ao denunciar casos de violência policial durante a presidência de Viktor Yanukovych (2010-2014) e ao criar uma linha de apoio, composta por 400 advogados, para os manifestantes dos protestos EuroMaidan, que foram processados pelo Estado.