Quarta-feira, 119.º dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, a comunicação social próxima do Kremlin e os órgãos de informação independentes russos (autoexilados devido à censura) estiveram de acordo numa coisa: é provável que um drone ucraniano tenha incendiado uma refinaria de petróleo na região de Rostov, fronteiriça à Ucrânia. O site Meduza, que funciona em Riga (Letónia) e conta os dias que a guerra dura, escrevia que, com base em filmagens divulgadas nas redes sociais, em que o drone sobrevoava a refinaria de Novoshakhtinsk, foi após um ataque direto que o fogo deflagrou.
A agência oficial russa Tass começou por adotar um tom cauteloso, mas à tarde já a sua manchete eliminava dúvidas: “A refinaria de Novoshakhtinsky confirma que o fogo começou após um ataque de dois drones”. Segundo a Tass, um comunicado da refinaria denuncia uma “ação terrorista”. Outra fonte disse à agência que o drone era ucraniano. A agência RIA Novosti informou que um satélite americano filmara a refinaria três dias antes do ataque.
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