E se a ascensão da extrema-direita no mundo, de que tanto falam os analistas políticos - com muitas ponderações acerca da sua génese - está ligada a uma única filosofia obscura, o tradicionalismo? E se é a Rússia a comandante dessa corrente, congeminando a desunião entre os Estados do Ocidente? Benjamin Teitelbaum recorre a mais do que analogias eficazes para suportar as suas teorias. O etnógrafo e analista político norte-americano socorreu-se dos dados da Cambridge Analytica, e entrevistou algumas das figuras mais controversas do mundo, conhecidas por serem verdadeiros 'gurus' da direita radical e do tradicionalismo.
Do encontro de oito horas entre Aleksandr Dugin, filósofo russo a quem também chamam "o cérebro de Putin", e Steve Bannon, antigo conselheiro de Donald Trump e porta-estandarte da extrema-direita nos EUA, num hotel em Roma, em 2018, à desinformação semeada em solo turco, italiano, austríaco e brasileiro, a obra "Guerra Pela Eternidade: o Retorno do Tradicionalismo e a Ascensão da Direita Populista" (de 2020) junta as pontas soltas do tradicionalismo na geopolítica. Em entrevista ao Expresso, o autor explica tudo isto e mais: como a Rússia dividiu para conquistar a ordem mundial.
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