Exclusivo

Guerra na Ucrânia

"Se Putin tiver oportunidade de atingir outros países, claro que o fará": o nacionalismo russo e o tradicionalismo, por Benjamin Teitelbaum

Benjamin R. Teitelbaum
Benjamin R. Teitelbaum
Direitos reservados

A ligação de Steve Bannon à Rússia, os investimentos do Kremlin na extrema-direita europeia e a teia tradicionalista que se estende até ao Brasil, de Bolsonaro: o analista político norte-americano Benjamin Teitelbaum esclarece, nesta entrevista ao Expresso, como o regime de Putin se infiltrou nos meandros da política mundial para alcançar os seus objetivos

E se a ascensão da extrema-direita no mundo, de que tanto falam os analistas políticos - com muitas ponderações acerca da sua génese - está ligada a uma única filosofia obscura, o tradicionalismo? E se é a Rússia a comandante dessa corrente, congeminando a desunião entre os Estados do Ocidente? Benjamin Teitelbaum recorre a mais do que analogias eficazes para suportar as suas teorias. O etnógrafo e analista político norte-americano socorreu-se dos dados da Cambridge Analytica, e entrevistou algumas das figuras mais controversas do mundo, conhecidas por serem verdadeiros 'gurus' da direita radical e do tradicionalismo.

Do encontro de oito horas entre Aleksandr Dugin, filósofo russo a quem também chamam "o cérebro de Putin", e Steve Bannon, antigo conselheiro de Donald Trump e porta-estandarte da extrema-direita nos EUA, num hotel em Roma, em 2018, à desinformação semeada em solo turco, italiano, austríaco e brasileiro, a obra "Guerra Pela Eternidade: o Retorno do Tradicionalismo e a Ascensão da Direita Populista" (de 2020) junta as pontas soltas do tradicionalismo na geopolítica. Em entrevista ao Expresso, o autor explica tudo isto e mais: como a Rússia dividiu para conquistar a ordem mundial.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate