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Guerra na Ucrânia

A guerra na Ucrânia “vai prolongar-se” e a ajuda ocidental é decisiva: EUA nunca propuseram gastar tanto num conflito em que não têm tropas

A guerra na Ucrânia “vai prolongar-se” e a ajuda ocidental é decisiva: EUA nunca propuseram gastar tanto num conflito em que não têm tropas
DIMITAR DILKOFF

O alerta já foi dado duas vezes pela NATO: o Ocidente deve estar preparado para uma guerra longa na Ucrânia. Mas é difícil prever nesta altura a duração do conflito: “Ainda está dependente de muita coisa que pode ocorrer no campo de batalha”, explica o major-general do Exército Português na reserva Carlos Branco. Entretanto, a ofensiva russa prossegue no leste do país, onde Donetsk e Luhansk podem ser fundidas “numa única República Donbas” ou anexadas diretamente à Rússia, antecipa o Instituto para o Estudo da Guerra

A guerra na Ucrânia “vai prolongar-se” e a ajuda ocidental é decisiva: EUA nunca propuseram gastar tanto num conflito em que não têm tropas

Mara Tribuna

Jornalista

A guerra na Ucrânia “vai prolongar-se” e a ajuda ocidental é decisiva: EUA nunca propuseram gastar tanto num conflito em que não têm tropas

Jaime Figueiredo

Jornalista/Coordenador-Geral de Infografia

A guerra na Ucrânia dura há 71 dias. Com as negociações suspensas e a ofensiva militar a continuar no leste e sul do país, há evidências que mostram que o conflito pode prolongar-se? A NATO já veio dizer que sim: “Precisamos de estar preparados para o longo prazo. Existe absolutamente a possibilidade de que esta guerra se arraste e dure meses e anos”, avisou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, na última quinta-feira. Antes disso, o vice-secretário-geral Mircea Geoană já tinha alertado, numa entrevista à BBC, que o conflito poderia durar anos.

Sem arriscar quanto tempo pode durar a guerra, o major-general Carlos Branco diz que “é um facto que vai prolongar-se”. E explica porquê: está a chegar ao teatro de operações muito material e ajuda militar fornecida pelo Ocidente e também por outros países fora deste bloco, como a Austrália. Não é certo o impacto que o equipamento bélico terá no decurso das operações mas “este fator é decisivo”, nota o major-general do Exército Português na reserva.

Outro aspeto importante, segundo Carlos Branco, prende-se com o resultado da operação militar no Donbas. A segunda fase da guerra começou no dia 18 de abril: as tropas invasoras começaram a batalha nesta região para assumir o controlo de Donetsk e Luhansk, como anunciou na altura o Ministério da Defesa ucraniano. Desde então, as forças russas têm-se mobilizado ao longo da linha da frente, desde o nordeste da Ucrânia até ao sul, junto ao Mar Negro. Mas não se sabe quanto tempo vai durar a batalha no Donbas, “é difícil calcular”, lembra o major-general.

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