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Guerra na Ucrânia

Zelensky “dirigiu-se ao povo” português e passou “por cima das excelências”. Ele sabe que “quem faz a opinião pública é a população”

Zelensky “dirigiu-se ao povo” português e passou “por cima das excelências”. Ele sabe que “quem faz a opinião pública é a população”
Tiago Miranda

Em declarações ao Expresso, o professor catedrático de História na Academia Militar, António José Telo, analisa o conteúdo e as mensagens subliminares do discurso de Zelensky na Assembleia da República. O historiador vê no Presidente ucraniano um estadista “virado para o futuro” que vai “diretamente ao assunto” e capaz de “gerar empatia” ao apresentar-se, desengravatado e com uma simples t-shirt verde-garrafa, como um “homem comum” perante o seu “público principal: os portugueses”. O especialista encontra ainda uma “grande proximidade” entre a guerra na Ucrânia e as invasões francesas de Portugal

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursou esta quinta-feira perante o Parlamento e na intervenção por videoconferência lembrou os portugueses de como é sentir e combater a asfixia de uma ditadura, coloriu a mensagem com uma alusão à revolução dos cravos e, em bom português, até utilizou a palavra mais singular do povo a que se dirigia: “saudade”. Ao fim de 14 minutos, foi ovacionado de pé por todos os deputados. Quase todos, com a exceção da bancada do PCP que rejeitou marcar presença na sessão solene, mas que, afinal, até ouviu atentamente as palavras de alguém que “personifica um poder belicista e xenófobo, rodeado de forças fascistas e neonazis”, uma vez que prontamente a líder parlamentar comunista veio afirmar que a menção de Zelensky ao 25 de Abril é “um insulto”.

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