Guerra na Ucrânia

Kremlin admite usar armas nucleares na Ucrânia se existência da Rússia for ameaçada

Kremlin admite usar armas nucleares na Ucrânia se existência da Rússia for ameaçada

“Se houver uma ameaça existencial para o nosso país, então podem ser usadas” armas nucleares, reconheceu Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, em entrevista à CNN

O porta-voz do Kremlin não descarta a possibilidade de a Rússia utilizar armas nucleares na Ucrânia. “Se houver uma ameaça existencial para o nosso país, então podem ser usadas”, admitiu esta terça-feira Dmitry Peskov, em entrevista à CNN.

As pequenas bombas atómicas podem tornar-se a principal ameaça nuclear no cenário de guerra na Ucrânia. Tanto a Rússia como os Estados Unidos possuem ogivas de menor dimensão nos seus arsenais, capazes de libertar entre 2% a 10% da “Little Boy” que arrasou Hiroshima.

Peskov reconheceu igualmente que Putin ainda não atingiu nenhum dos seus objetivos militares na Ucrânia. “Ainda não, ainda não alcançou”, disse o representante do Kremlin.

Não obstante, Dmitry Peskov afirmou que a “operação militar especial” - expressão usada pelos russos que rejeitam as palavras “guerra” ou invasão” - “está a seguir exatamente de acordo com os planos e os propósitos que foram estabelecidos de antemão”.

Peskov insistiu que “não foi Putin que arruinou os acordos de Minsk, foi o lado ucraniano”.

Segundo diz, Vladimir Putin “pretende que o mundo ouça as preocupações russas”, recordando que durante as últimas décadas a Rússia comunicou à NATO os seus receios sobre o avanço para o leste europeu da aliança militar transatlântica.

Relativamente às negociações de paz, Peskov já tinha referido esta segunda-feira que “não estão a avançar como se gostaria que estivessem, nem como requer a dinâmica da evolução da situação do lado ucraniano”. “Não há avanços significativos”, afirmou.

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