Há apenas 20 dias, ainda manhã cedo, Kateryna Sherudylo estava a dormir em Irpin, um subúrbio de Kiev, a pouco mais de 25 quilómetros da capital. Adormecera em paz, o curso superior de Desporto terminado, os estudos de nutrição de vento em popa, a loja onde seria o seu estúdio de fitness já escolhida. Tudo a correr bem nos seus 24 anos, o mesmo número do dia de fevereiro em que a mãe, Nataliia, a acordou para a guerra. O impensável começara. A Rússia invadira a Ucrânia.
No apartamento suburbano, três gerações de mulheres uniram-se no medo. A avó Olha [lê-se Olga] estava de visita à filha e à neta e não mais voltou a casa. As bombas chegaram pouco depois das primeiras notícias. Irpin, uma cidade de 40 mil habitantes, não tem alvos militares mas fica estrategicamente no caminho para Kiev. Com a ponte sobre o rio destruída pela forças ucranianas, para travar o inimigo, a ofensiva russa chegou pelo céu, que Volodymyr Zelensky tanto pede que se feche.
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