Na passada terça-feira, 22 de outubro, passaram dois anos sobre a investidura de Giorgia Meloni como primeira-ministra de Itália, na sequência das legislativas de 25 de setembro de 2022. Não houve festejos nem cerimónias comemorativas, bolo de anos ou velas. Foi convocada uma conferência de imprensa para assinalar os êxitos da governante de direita radical, mas acabaria adiada sem prazo. Será que não há nada para celebrar?
Os italianos estão a passar mal. O país, em evidente decadência social e cultural, está pior do que há dois anos, apesar de a vida correr melhor à direita e extrema-direita transalpina do que a muita direita ou extrema-direita europeia, nem que seja por estar no poder. É possível que lá fique muitos anos. A esquerda não aprendeu a arte de governar de Maquiavel ou Emmanuel Mounier, vivendo ainda num mundo analógico, ao passo que Meloni está no digital ou além, graças às lições privadas que recebe de Elon Musk.
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