O titular da pasta da Cultura, Gennaro Sangiuliano, renunciou ao cargo após conflitos de interesse ligados a uma relação extraconjugal. Partidos da coligação governamental expressam desconforto
A demissão do ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, por ter envolvido a sua amante — a empresária Maria Rosaria Boccia — em assuntos reservados do Ministério e do Governo, não põe fim a um escândalo que poderia ter sido apenas folhetim estival. “O caso não está encerrado”, afirmam jornais e televisões, depois de a primeira-ministra Giorgia Meloni ter aceitado a renúncia do governante, no passado dia 6. “O caso não está encerrado”, repete diariamente Maurizio Molinari, diretor do diário “La Repubblica”, sempre crítico do Governo.
Enquanto o Tribunal de Contas instaurou um processo por alegado delito de dano económico às contas públicas, Sangiuliano e a sua mulher, Federica Corsini, refugiam-se numa ermida sem dar explicações, que talvez não façam falta. É possível que a cimeira do G7 sobre cultura, marcada para Pompeia num ano em que Itália preside à organização, passe para outra cidade. É que Boccia poderá ter conhecimento, através do ministro e por ter acesso a conversas do Executivo, a aspetos reservados do encontro, nomeadamente relativos à segurança.
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