Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular, anunciou um pacote de medidas duras para enfrentar o crescimento da extrema-direita em Espanha, reforçando controlo da imigração, segurança e ensino do castelhano. Apesar do endurecimento, recusou qualquer negociação com o Vox
Alberto Núñez Feijóo sai do XXI Congresso Nacional do Partido Popular (PP) espanhol com o partido totalmente unido em torno da sua figura e determinado a chegar a La Moncloa, mesmo que para isso precise endurecer o discurso e disputar terreno com a extrema-direita do Vox.
“Tenho a certeza de que vamos chegar lá”, declarou Feijóo, ainda no sábado, mostrando já ter superado o trauma das últimas eleições, que o deixaram muito próximo da vitória. “Em 2023, faltaram-nos quatro lugares para o tornar presidente. Isso não se vai repetir”, exclamou.
O clima de confiança transmitido por Alberto Núñez Feijóo tem-se alastrado aos restantes quadros do Partido Popular. A nuvem negra que paira sobre o Partido Socialista espanhol (PSOE), de Pedro Sánchez, tem aberto portas para que Feijóo possa festejar. O mais recente escândalo envolve Francisco Salazar, uma figura muito próxima do atual presidente de Espanha, que viu o seu nome ser citado por várias mulheres que o acusaram de “comportamentos inapropriados”, com conotações sexistas. “O que acontece com as mulheres destrói-os muito mais do que a corrupção”, exclamava um presidente regional do PP. Já Juan Moreno Bonilla, presidente da Andaluzia, foi ainda mais direto: “Pedro Sánchez está mortalmente ferido. Comecem a aquecer que em breve chegaremos ao Governo”, exclamou.
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