A conta-gotas, vão-se conhecendo pormenores sobre a origem do apagão que sumiu na escuridão Espanha, Portugal e parte do sul de França no dia 28 de abril. Enquanto avançam os trabalhos de formação das comissões de inquérito que o Governo espanhol decidiu criar, de âmbitos nacional, peninsular e europeu, é a vice-primeira-ministra Sara Aagesen que assume o papel de correia de transmissão entre as várias fontes implicadas no incidente e uma opinião pública ansiosa por conhecer as causas e origens do mesmo. A também ministra da Transição Ecológica alerta que a tarefa não é fácil, já que implica analisar mais de 750 milhões de indicadores fornecidos pelas empresas. As conclusões só chegarão daqui a meses.
Foi precisamente a ministra Aagesen quem revelou, com todas as cautelas, que houve um terceiro episódio de desconexão, 19 segundos antes das outras duas graves oscilações do sistema já comunicadas, separadas por cinco segundos, que provocaram a interrupção do fornecimento elétrico em toda a Península Ibérica, o chamado “zero energético”, que nunca antes acontecera. Esta falha teve origem nalguma central de geração fotovoltaica ou eólica do sul de Espanha, enquanto as subsequentes, que levaram ao desligamento total, ocorriam a sudoeste.
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