Jaume Duch, chefe da diplomacia catalã: “Quando espanhóis e portugueses damos as mãos, o que é muito comum, costumamos obter o que queremos”

Depois de quase quatro décadas nas instituições europeias, onde nos últimos tempos foi porta-voz e diretor de comunicação do Parlamento Europeu, Jaume Duch voltou à sua Catalunha natal para fazer parte do primeiro governo autonómico não independentista em 14 anos. Para trás fica o turbulento período do processo de secessão falhada, durante o qual as portas se fechavam aos interlocutores catalães. Focado na União Europeia e em potenciar a cooperação internacional, o secretário regional de Ação Externa e União Europeia esteve em Portugal, país com que acredita que o seu pode aprender muito.

Começo pelo nome do seu departamento no governo catalão: mudou de Ação Externa e União Europeia para União Europeia e Ação Externa. Porquê?
Esta mudança é uma mensagem: nos próximos anos, teremos de estar muito presentes na União Europeia [UE], nas instituições e nas políticas europeias, porque é, de alguma maneira, onde jogamos o nosso futuro. É preciso priorizar a UE, sem deixarmos de ter de trabalhar tanto quanto possível com o resto do mundo.