
Apesar das pressões dos militantes e simpatizantes para que Pedro Sánchez fique, o sentimento dominante entre os socialistas é pessimista. Oposição critica governante e na imprensa há quem desconfie de estratégia eleitoralista
Apesar das pressões dos militantes e simpatizantes para que Pedro Sánchez fique, o sentimento dominante entre os socialistas é pessimista. Oposição critica governante e na imprensa há quem desconfie de estratégia eleitoralista
Correspondente em Madrid
Ninguém sabe qual será a decisão final de Pedro Sánchez quando cumprir, esta segunda-feira, a promessa de comunicar aos cidadãos o resultado dos cinco dias de reflexão que se concedeu na passada quarta-feira. O primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), que tem merecida fama de de duro, confessou aos seus compatriotas, numa carta aberta, estar assoberbado pelo ambiente de crispação que domina o confronto político em Espanha. A sua própria mulher converteu-se em arma de arremesso, pelo que Sánchez explicava sentir necessidade de responder à questão de merecer ou não a pena manter atividade pública nestas circunstâncias.
O gesto inédito, que gerou a atenção dos meios informativos internacionais, foi interpretado por uns como manobra estratégica para reforçar a sua posição com fins eleitorais e por outros como assomo de sensatez numa pugna ideológica cada vez mais desumanizada. Ocasionou ainda uma auténtica catarse na sociedade espanhola, polarizada como nunca em torno da vida política.
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