Justiça espanhola tenta travar amnistia a independentistas catalães, mas o Parlamento prepara-se para aprová-la
Os negociadores do Governo e dos separatistas estão empenhados em superar todos os obstáculos, incluindo os que vêm dos tribunais
Os negociadores do Governo e dos separatistas estão empenhados em superar todos os obstáculos, incluindo os que vêm dos tribunais
Correspondente em Madrid
“É evidente que se abre uma nova etapa, na qual poderemos libertar-nos da laje do exílio.” As palavras do Carles Puigdemont, antigo presidente do Governo autonómico da Catalunha — fugido para a Bélgica há mais de seis anos — anunciam a iminência de um acordo entre o independentismo catalão e o Executivo progressista de Pedro Sánchez sobre a amnistia aos envolvidos na intentona de secessão de outubro de 2017.
O pacto, que não foi possível há um mês e para cuja validação as partes têm um prazo que caduca esta quinta-feira, será votado na Comissão de Justiça do Congresso dos Deputados e, em seguida, no plenário. Se passar, transitará para o Senado, onde a maioria absoluta da oposição conservadora (Partido Popular, centro-direita) augura uma tramitação complicada. O PP, chefiado por Alberto Núñez Feijóo, está contra esta medida, que considera uma “cedência indecente” do socialista Sánchez aos independentistas catalães, a troco dos votos que garantiram a permanência do atual Governo no poder.
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