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Parlamento espanhol vota Lei da Amnistia: desfecho está em aberto, só é certo que o caminho pela frente ainda é longo

Frente a frente, os que temem pela unidade de Espanha e os partidários da independência da Catalunha
Frente a frente, os que temem pela unidade de Espanha e os partidários da independência da Catalunha
Gloria Sánchez/Europa Press/Getty Images

Os independentistas catalães, mentores da nova norma, insistem em que os delitos de terrorismo também sejam apagados do cadastro. Essa ideia tem clara oposição de alguns juízes e de grupos conservadores

Parlamento espanhol vota Lei da Amnistia: desfecho está em aberto, só é certo que o caminho pela frente ainda é longo

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

A mais do que provável aprovação da Lei de Amnistia no Parlamento espanhol, esta terça-feira, não porá fim à polarização da vida política nacional gerada pela iniciativa legislativa mais importante da legislatura. Dependem dela, em boa medida, a continuidade da atual coligação de Governo — entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), de Pedro Sánchez, e a frente de esquerda radical Somar, apoiados no Congressos dos Deputados por forças nacionalistas e regionalistas — e a estratégia da oposição, apostada em fazer cair o “pior primeiro-ministro da História”, na apreciação de Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular (PP, centro-direita). Os cálculos preveem que a lei obtenha 178 votos favoráveis, mais dois do que o limiar da maioria absoluta.

A amnistia era uma das exigências formuladas pelos partidos independentistas catalães representados no Congresso, sobretudo o Juntos pela Catalunha (JxC, direita separatista), para dar sustento ao Governo central. Das legislativas de julho passado resultou um panorama arrevesado e diabólico, em que os votos catalães se tornaram imprescindíveis para o Executivo.

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