
Uma investigação jornalística revela a que o Executivo conservador utilizou a polícia, entre 2012 e 2016, para fabricar relatórios desprestigiantes para os separatistas. Socialistas querem levar assunto a uma comissão parlamentar
Uma investigação jornalística revela a que o Executivo conservador utilizou a polícia, entre 2012 e 2016, para fabricar relatórios desprestigiantes para os separatistas. Socialistas querem levar assunto a uma comissão parlamentar
Correspondente em Madrid
Espanha agita-se com a revelação de uma obscura trama para desprestigiar pessoalidades ligadas ao nacionalismo catalão. O caso, que remonta ao primeiro Governo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (PP, centro-direita) veio a lume, em grande detalhe, graças a uma investigação jornalística. Segundo a mesma, entre 2012 e 2016, funcionários dos corpos de segurança do Estado, seguindo um plano, vasculharam as vidas pessoais e profissionais de figuras destacadas da vida política catalã, com o propósito de fabricar relatórios, na maioria falsos, que pusessem em causa a sua honorabilidade.
À frente da conspiração terá estado — revelam o jornal “La Vanguardia”, o de maior circulação na Catalunha, e os digitais “eldiario.es” e “Nacional.cat” — o então ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, que recebia regularmente copias dos relatórios, elaborados por uma equipa de membros da cúpula policial e funcionários que obedeciam às suas ordens. O plano era minar o sentimento nacionalista catalão, na altura crescente, a as aspirações independentistas de boa parte da sociedade da comunidade autónoma. Tudo começou na Diada (dia nacional da Catalunha) de 2012, durante a qual centenas de milhares de populares saíram à rua em cidades e aldeias catalãs, reivindicando os sinais de identidade do catalanismo.
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