Cresce na sociedade espanhola a sensação de que se instala na disputa política uma atitude de hostilidade cada vez maior. A abundância de exemplos de comportamentos agressivos entre adversários faz soar alarmes sobre o perigoso efeito que têm na normal convivência democrática e confirma a necessidade de lhes pôr travão.
O último destes episódios — sova de varapau a uma efígie do primeiro-ministro, Pedro Sánchez, pendurado qual pinhata num candeeiro de uma rua madrilena — gerou amargo confronto entre os principais partidos com representação parlamentar e abriu um amplo debate sobre o tratamento jurídico deste tipo de ações. A ocorrência deu-se na noite de Ano Novo, quando um grupo de cerca de 300 pessoas, convocadas através das redes sociais pela organização Revolta, identificada como ramo juvenil do partido de extrema-direita Vox, se reuniu perto da sede nacional do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), de que Sánchez é secretário-geral.
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