“É o pacto mais miserável de todos os que Pedro Sánchez subscreveu na sua carreira política.” Esta frase, proferida no domingo por Alberto Núñez Feijóo, presidente do Partido Popular (PP, centro-direita), resume o clima político crispado que se vive em Espanha. Um pacto com separatistas bascos na maior cidade de Navarra frustrou a possível aproximação entre os dois maiores partidos do país: PP e Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda). Aquele foi o mais votado nas últimas legislativas, em julho; este governa em coligação com a frente de esquerda Somar, com apoio parlamentar de nacionalistas catalães, bascos e galegos e outras forças regionalistas.
O detonador da fúria foi o acordo alcançado pelo Partido Socialista de Navarra (PSN, sigla local do PSOE) — violando promessas que fizera — com a coligação independentista Unir o País Basco (Euskal Herría Bildu, nacionalista radical e encarnação atual da antiga Batasuna, braço político da organização terrorista ETA). O pacto permite que o porta-voz do Bildu, Joseba Asiron, se torne presidente da Câmara de Pamplona, capital da região. Os socialistas viabilizam a sua ascensão sem fazerem parte do novo executivo pamplonês.
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