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Espanha

Normalização para uns, fim da democracia para outros, garantia de poder para Sánchez. Está assinado o pacto com Puigdemont

Pedro Sánchez, líder do PSOE e primeiro-ministro em funções em Espanha
Pedro Sánchez, líder do PSOE e primeiro-ministro em funções em Espanha
JON NAZCA/REUTERS

Os independentistas obtêm a amnistia, a referência a um possível referendo de autodeterminação e a intervenção de um verificador internacional para os acordos da mesa de partidos

Normalização para uns, fim da democracia para outros, garantia de poder para Sánchez. Está assinado o pacto com Puigdemont

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

O pacto entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) e o Juntos pela Catalunha (JxC, independentistas conservadores) vai permitir a investidura de Pedro Sánchez como primeiro-ministro do Governo. Poderia descrever-se como “um acordo sobre desacordos”, comenta ao Expresso o académico Federico Pedreño, catedrático de Direito Político da Universidadee Católica de Múrcia, dada a quantidade e a qualidade das “discrepâncias profundas” mencionadas no documento subscrito esta quinta-feira de manhã em Bruxelas e rubricado pelo secretário de Organização do PSOE, Santos Cerdán, e o secretário-geral do JxC, Jordi Turull.

Não obstante, a simples assinatura conjunta de uma ata a certificar acordos é um passo notável na história de um conflito que deve ser resolvido, segundo concordam todos os afetados, por vias políticas. O texto, de quatro páginas, põe fim à primeira fase das duras negociações, iniciadas porque Sánchez precisava do apoio parlamentar do JxC para continuar no poder, onde está desde 2018.

A redação do pacto tem sido submetida a exaustivo escrutínio por peritos e analistas e provocou numerosas reações positivas e negativas vindas de todos os quadrantes políticos. Há esperança de que permita recuperar a normalidade política interrompida pela antecipação das legislativas para 23 de julho deste ano.

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