Exclusivo

Espanha

Catalães, bascos e galegos: o quebra-cabeças territorial que definirá o futuro político de Espanha

Primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez
Primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez
SUSANA VERA/REUTERS

Os 26 deputados eleitos pelos partidos catalães, bascos e galegos decidem nas próximas semanas o futuro Governo. Ou reconduzem Pedro Sánchez como primeiro-ministro ou o país irá de novo a eleições

“Os catalães negoceiam, os bascos confrontam-se e os galegos infiltram-se.” Há dúvidas sobre o verdadeiro autor desta frase proverbial, mas não sobre a sua pertinência. Espanha é um país de extremos, vítima de uma história cruel que se afunda em desavenças ideológicas que nem a Transição conseguiu desterrar. Erros que possam ter sido cometidos, a tragédia da Guerra Civil e os 40 anos de ditadura ainda alimentam feros agravos, vitimização, nacionalismos periféricos que acusam o centralismo usurpador e vice-versa.

Entre duas margens ficam os cidadãos, encurralados, entre a quezília identitária e um porvir que não se anuncia soalheiro. Espanha é um país esgotante. Desde o processo independentista da Catalunha, não há trégua. “Existe uma sobrecarga passional tão elevada que não há forma de encontrar base comum para discutir que organização territorial é a mais adequada”, afirma ao Expresso o escritor e analista catalão Guillem Martínez. É autor de livros como “La gran ilusão”, que descreve o logro promovido pelos mentores do processo independentista, ou “Caja de brujas”, documentada radiografia de como o centralismo político espanhol pôs nas mãos de um grupo de juízes a solução do conflito social que existe na Catalunha.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate