Espanha

Mais de 10 mil pessoas esperadas em Madrid para 'manif' contra amnistia para separatistas catalães

Pedro Sánchez e Alberto Nunez Feijóo, qual deles será o próximo primeiro-ministro de Espanha?
Pedro Sánchez e Alberto Nunez Feijóo, qual deles será o próximo primeiro-ministro de Espanha?
JUAN MEDINA/REUTERS

O protesto convocado pelo PP acontece dois dias antes da sessão de investidura de Alberto Núñez Feijóo e poderá juntar mais de 10 mil pessoas, segundo as estimativas do partido

Mais de 10 mil pessoas esperadas em Madrid para 'manif' contra amnistia para separatistas catalães

Liliana Coelho

Jornalista

Milhares de manifestantes deverão reunir-se no domingo em Madrid, num protesto contra a possível amnistia para os separatistas catalães envolvidos na tentativa frustada de independência de 2017.

A manifestação convocada pelo PP - que terá como lema ‘Defender a Igualdade de Todos os Espanhóis’ - acontece dois dias antes da sessão de investidura de Alberto Núñez Feijóo, proposta pelo rei Filipe VI, no Congresso dos Deputados, e poderá juntar mais de 10 mil pessoas, segundo as estimativas do partido, avança a imprensa espanhola.

Ao lado de Feijóo na ‘manif’ estarão Mariano Rajoy e José María Aznar, dois dos seus antecessores, além dos presidentes das comunidades autónomas governadas pelo seu partido. O líder conservador apela à participação de todos os cidadãos e constitucionalistas.

No final do protesto, agendado para as 12h na Praça Felipe II, em Madrid, o líder do PP fará um discurso onde deverá sair em defesa de um “projeto de convivência e unidade” para o país e rejeitar privilégios para políticos. “Estaremos contra aqueles que querem amnistia para os responsáveis de um desafio separatista sem precedentes. Defendemos a igualdade de todos os espanhóis e de todos os territórios”, escreveu Feijóo nas redes sociais, num apelo à mobilização na rua.

Apesar da vitória do PP, nas eleições de 23 de julho, será mais fácil para o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, voltar a formar governo caso garanta o apoio do partido independentista Juntos pela Catalunha. A tentativa de empossar Feijóo como chefe do Governo esta semana será falhada, uma vez que não reúne os apoios necessários.

A amnistia é já dada por garantida pelos separatistas catalães. O ex-presidente do governo da Catalunha, Carles Puidgemont, exilado na Bélgica desde o referendo de 2017, tem insistido que essa será uma das condições para apoiar Pedro Sánchez num novo mandato.

No passado dia 4 de setembro, a vice-primeira-ministra espanhola Yolanda Díaz reuniu-se em Bruxelas com o líder independentista catalão para discutir um possível apoio a Sánchez. Mas o primeiro-ministro espanhol tem evitado abordar o assunto.

Certo é que a amnistia tem estado em cima da mesa nas negociações entre o PSOE e os partidos independentistas Juntos pela Catalunha e ERC com vista à recondução de Sánchez no cargo.

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