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Espanha: sem maioria, Sánchez e Feijóo enfrentam intrincado puzzle de negociações para conseguir um governo estável

Espanha: sem maioria, Sánchez e Feijóo enfrentam intrincado puzzle de negociações para conseguir um governo estável
Getty Images

Os socialistas têm mais opções do que os conservadores para formar uma coligação, mas em Espanha nunca governou um derrotado em eleições. Será desta?

Espanha: sem maioria, Sánchez e Feijóo enfrentam intrincado puzzle de negociações para conseguir um governo estável

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

Passadas as euforias ou as deceções iniciais, de ambas houve de sobra na noite eleitoral espanhola do 23-J, começa uma etapa muito difícil na história política deste país: a digestão de uns resultados que acrescentam incerteza a uma situação que fez da instabilidade a sua razão de ser. Hoje reúnem-se as cúpulas dos principais partidos nacionais com o propósito de analisar em detalhe o ditame das urnas nas eleições gerais que foram antecipadas pelo chefe do Governo, Pedro Sánchez, após uns muito maus resultados para a sua marca política, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), nas eleições municipais e autonómicas celebradas em 28 de maio.

O panorama é endiabrado: os vencedores do Partido Popular (PP, centro-direita) não somam deputados suficientes para superarem a maioria absoluta exigida pela Constituição (176 deputados de um total de 350), nem sequer acrescentando os assentos do partido de ultradireita Vox, aspirante a uma coligação de Governo com o partido liderado por Alberto Núñez Feijóo. É uma amarga vitória, reconhecem no PP. Os resultados dos perdedores, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), que está atualmente no poder, na verdade servem para a reedição de um Governo de coligação do PSOE com o Somar – uma amálgama de 16 grupos heterogéneos, todos situados à esquerda do partido socialista – com apoios externos de grupos nacionalistas. Uma doce derrota, admitem na sede socialista.

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