As eleições municipais e regionais celebradas em Espanha no domingo, 28 de maio, geraram uma reviravolta quase total no mapa político nacional. A cor azul do Partido Popular (PP, centro-direita) substituiu em grande parte das comunidades autónomas o vermelho que representa o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda). O PP, cujo novo líder, Alberto Núñez Feijóo, se submeteu ao primeiro confronto eleitoral fora da Galiza — a cujo governo regional presidiu entre 2009 e 2022 — pode declarar-se preparado para enfrentar as legislativas que o primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez, forçado pelas circunstâncias, antecipou para 23 de julho.
Além do grande avanço do PP, destacam-se como factos assinaláveis das eleições de domingo a subida geral do Vox (extrema-direita), que se torna imprescindível para formar Governos em várias comunidades autónomas; a descida do Unidas Podemos (esquerda radical), que paga caro os seus espetáculos de divisão interna e confronto com o PSOE, com quem está na coligação de Governo; e o desaparecimento do Cidadãos (centro-direita liberal), fadado à dissolução.
Eis um panorama de como fica distribuído o poder nas doze comunidades autónomas em que se realizaram eleições, mais Ceuta e Melilha, as quais, com estatuto especial de cidades autónomas, também tiveram eleições. Juntando todas, traçamos um balanço final.
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