Os partidos políticos catalães, sobretudo os de orientação ultranacionalista, anteveem um cenário pouco sedutor no pós-eleições de domingo, 23 de julho. Num contexto de queda lenta, mas permanente, das intenções de voto nos independentistas, um triunfo do Partido Popular (PP, centro-direita) em Espanha, deixa os separatistas em estado de alerta. Obrigá-los-ia a adaptar as suas estratégias a uma situação de clara hostilidade em Madrid.
Segundo as últimas sondagens, o Partido dos Socialistas da Catalunha — PSC, centro-esquerda, sucursal catalã do Partido Socialista Operário Espanhol do primeiro-ministro Pedro Sánchez — será o mais votado na região nas legislativas antecipadas. Conquistará 16 a 18 assentos no Congressos dos Deputados, onde hoje tem 12.
Os dados do Centro de Estudos de Opinião (CEO), organismo dependente do governo regional, confirmam a tendência de queda das forças independentistas. A Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, que lidera o executivo catalão), terá 8 a 10 lugares no Parlamento nacional, onde agora tem 13; o partido do ex-presidente Carles Puigdemont, Juntos pela Catalunha (JxC), aspira a 7 a 9, face aos atuais 8; e a Candidatura de Unidade Popular (CUP, extrema-esquerda independentista) tanto pode manter os 2 que tem como perder 1 ou ficar sem representação.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt