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Entrevista ao Presidente do governo da Galiza: “Os socialistas dizem que podem fazer acordos com quem quiserem, mas o PP não. É inaceitável”

Alfonso Rueda, presidente do governo da Galiza
Alfonso Rueda, presidente do governo da Galiza
Getty Images

Alfonso Rueda não poupa nas farpas ao primeiro-ministro espanhol. Presidente do governo regional da Galiza pelo Partido Popular (centro-direita), acusa o socialista Pedro Sánchez de desprezar a sua região por conveniência partidária. Confia vê-lo substituído, após as legislativas de 23 de julho, por Alberto Núñez Feijóo, de quem o próprio Rueda foi vice entre 2009 e 2022. Embora se alegre por o Vox quase não ter presença na sua região, defende o direito do PP a fazer pactos com a extrema-direita noutras partes de Espanha e, se for caso disso, para formar o próximo Governo central

Entrevista ao Presidente do governo da Galiza: “Os socialistas dizem que podem fazer acordos com quem quiserem, mas o PP não. É inaceitável”

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

Alfonso Rueda, do Partido Popular (PP), tornou-se presidente do governo da Galiza em maio de 2022. Foi uma sucessão antecipada, já que o seu antecessor, Alberto Núñez Feijóo, foi chamado a tornar-se chefe do partido, rumando a Madrid. Rueda, que era vice, subiu à chefia do executivo autonómico, cargo que quer revalidar para o ano, nas urnas e em nome próprio. Em entrevista ao Expresso, fala dos laços entre a sua região e o Norte de Portugal, e também das legislativas espanholas de 23 de julho. Está confiante na vitória do seu ex-líder e amigo

Celebrou no mês passado os laços na Eurorregião Galiza-Norte de Portugal, num encontro de jornalistas dos dois lados da fronteira. Que se pode melhorar nessa amizade e cooperação?
Os dados indicam que somos a zona fronteiriça entre Espanha e Portugal onde há mais relações de todos os tipos — humanas, socioeconómicas —, onde é mais normal cruzar-se a fronteira e fazer negócios. Ainda assim, temos de procurar novas fórmulas, para que a população veja que a relação transfronteiriça é útil. Gosto de regozijar-me pela eurorregião, mas o desafio é mantê-la viva. Não podemos pensar que a ligação é natural e conserva a vitalidade sem precisar de ser alimentada. Às vezes do lado galego fazemos isso.

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