“A radicalização de rapazes na Suécia está a tornar-se cada vez mais evidente.” A constatação de Mats Fridlund, historiador da Universidade de Gotemburgo que lidera três projetos de investigação sobre a história do terrorismo político, contém um alerta a dois tempos. A fundação antirracista sueca Expo revelou que o número de grupos ativos da extrema-direita sueca está no nível mais elevado desde 2008.
Fridlund começou a notá-lo já na década de 2010, mas recentemente o panorama agravou-se. “Se nos referirmos à radicalização ligada às redes extremistas 764 [rede transnacional de extorsão sexual associada à Ordem dos Nove Ângulos, grupo terrorista satânico de direita, classificado como rede terrorista pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos] e Movimento de Resistência Nórdica, o grupo neonazi NRM, começou a notar-se na Suécia desde o verão de 2024.”
Houve também um aumento no número de crianças que usam a saudação nazi nas escolas de Värmland, província da Suécia junto à fronteira com a Noruega, conta o jornal britânico “The Guardian”. A atenção dada à saudação nazi reavivou-se após o gesto de Elon Musk, em janeiro, que foi interpretado como tal.
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