Europa

Observadores internacionais denunciam eleições "marcadas por desigualdades" na Geórgia

Ida às urnas para eleições legislativas na Geórgia
Ida às urnas para eleições legislativas na Geórgia
Nicolo Vincenzo Malvestuto

Várias entidades, como a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), da NATO e da UE, consideram que as eleições na Geórgia foram "marcadas por desigualdades entre candidatos, pressões e tensões"

Os observadores internacionais da NATO e da União Europeia (UE) denunciaram que as eleições de sábado na Geórgia foram "marcadas por desigualdades" entre candidatos, "pressões e tensões", avança a Agência France Press (AFP).

Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), da NATO e da UE, afirmaram que as eleições naquele país do Cáucaso foram "marcadas por desigualdades (entre candidatos), pressões e tensões", descrevendo o ato eleitoral como "prova do declínio da democracia" na Geórgia.

A AFP cita os observadores do Parlamento Europeu que denunciaram fraudes durante aquele ato eleitoral e consideraram que o escrutínio marcou "um retrocesso na democracia" para o país candidato à UE.

"Manifestamos a nossa profunda preocupação com o retrocesso democrático na Geórgia. O desenrolar das eleições de ontem é uma prova lamentável desse facto", afirmaram os observadores, citados pela AFP.

Os observadores europeus apontaram ainda "casos de "enchimento de urnas" e denunciaram terem sido alvo de "agressões físicas".

A Comissão eleitoral Central da Geórgia anunciou esta manhã a vitória do partido no poder, o Sonho Georgiano, com 54,08% dos votos, derrotando a coligação pró-europeia, que se recusou a admitir a derrota.

Em conferência de imprensa, o presidente daquele órgão eleitoral anunciou a vitória do partido do primeiro-ministro, Irakli Kobajidze, referindo que a oposição teve 37,58% dos votos (a Coligação para a Mudança teve 10,8 %, o Unidade - constituído pelo Movimento Nacional Unido (MNU), fundado pelo antigo Presidente georgiano Mikheil Saakashvili, preso, e pelo partido Estratégia do Renascimento atingiram os 10,12 % e os partidos Geórgia Forte e Gajaria para a Geórgia, obtiveram 8,78% e 7,76%, respetivamente).

Ainda na noite de sábado, perante os primeiros resultados do ato eleitoral, a oposição contestou a vitória do Sonho Georgiano, considerando que houve "resultados distorcidos".

A Associated Press (AP) salienta que observadores eleitorais da NATO e a UE, espalhados por todo país para acompanhar as votações, relataram várias violações e defendem que os resultados "não correspondem à vontade do povo georgiano".

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