“Estamos a viver a mais grave crise política desde 1989”, avisa Dimitar Ganev, professor de ciência política na Universidade de Sófia. Refere-se ao colapso da Cortina de Ferro, que levou à queda do regime comunista e à instauração da democracia. A mesma que hoje parece estar bloqueada.
Pela sétima vez nos últimos três anos, e pela segunda este ano, os búlgaros irão às urnas este domingo, 27 de outubro, para escolher os 240 deputados da Assembleia Nacional e tentar sair de uma crise política sem precedentes. Concorrem às eleições 28 partidos e coligações.
Nas últimas legislativas, a 9 de junho, o partido mais votado, com 24%, foi o Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu (GERB, pró-europeu), chefiado pelo ex-primeiro-ministro Boyko Borissov, que já governou três vezes (2009-13, 2014-17, 2017-21), mas cuja vida política tem sido manchada por acusações de corrupção. A segunda maior força foi o Movimento para os Direitos e Liberdades (DPS, 17%), que representa a minoria turca na Bulgária, seguido da coligação liberal europeísta Somos a Mudança-Bulgária Democrática (PP-DB, 14%), e do partido nacionalista pró-russo Reviver (Vazrazhdane, 13%), liderado por Kostadin Kostanidov.
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