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Chipre: a ilha europeia dividida há 50 anos ainda não está pronta para negociar a paz, mas há esperança

Chipre: a ilha europeia dividida há 50 anos ainda não está pronta para negociar a paz, mas há esperança
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Conflito entre etnias grega e turca continua longe de uma solução duradoura, mas a entrada de uma nova negociadora da ONU já se traduziu em pequenos progressos na frente diplomática. “É um assunto que tem de ser tratado com pinças”, afirma Isabel Santos, eurodeputada socialista que tem a pasta de Chipre nas mãos

Chipre: a ilha europeia dividida há 50 anos ainda não está pronta para negociar a paz, mas há esperança

Tiago Soares

Jornalista

Murat Kanatlı é um homem turco-cipriota que esta semana viu o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos dar-lhe razão num processo contra a Turquia: foi preso por se recusar a cumprir um dia de serviço militar na República Turca do Chipre do Norte, a parte da ilha de Chipre que declarou a independência em 1983 mas apenas é reconhecida por Ancara.

Os juízes de Estrasburgo deram como provado que a Turquia violou o direito de liberdade de pensamento de Kanatli: em 2009, já depois de ter cumprido o serviço militar obrigatório e outras missões esporádicas, alegou objeção de consciência para não voltar. Foi julgado por um tribunal militar e condenado a pagar uma multa de €167. Quando se recusou, cumpriu uma pena de dez dias de prisão. Agora, o tribunal condenou o estado turco a pagar-lhe uma indemnização de €9 mil por danos imateriais, além das custas judiciais.

A ilha de Chipre foi dividida em 1974 – faz 50 anos em julho – após uma invasão da Turquia em resposta a um golpe de Estado de uma junta militar apoiada pela Grécia. Todas as negociações promovidas pela ONU para sanar as disputas étnicas – solução de dois estados ou reunificação – têm falhado.

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