Europa

Extrema-direita europeia celebra vitória de Wilders nos Países Baixos

André Ventura cumprimenta Geert Wilders na 5ª Convenção Nacional do Chega, realizada em Santarém em janeiro de 2023
André Ventura cumprimenta Geert Wilders na 5ª Convenção Nacional do Chega, realizada em Santarém em janeiro de 2023
TIAGO MIRANDA

Um pouco por toda a Europa, a extrema-direita celebrou o resultado surpreendente do PVV e do respetivo líder, Geert Wilders. "O nosso amigo Geert Wilders acaba de vencer as eleições nos Países Baixos. É o último sinal: a seguir será Portugal!", escreveu André Ventura na rede social X (antigo Twitter)

Vários líderes da extrema-direita europeia celebraram a vitória nos Países Baixos do Partido da Liberdade (PVV), de acordo com sondagens à boca da urna, com o presidente do Chega a afirmar que "a seguir será Portugal".

"O nosso amigo Geert Wilders acaba de vencer as eleições nos Países Baixos. É o último sinal: a seguir será Portugal!", escreveu André Ventura na rede social X (antigo Twitter), na quarta-feira à noite, numa publicação acompanhada de uma fotografia dos líderes do Chega e do PVV.

Um pouco por toda a Europa a extrema-direita celebrou o resultado surpreendente do PVV, e do seu líder, Geert Wilders.

A antiga presidente do partido francês de extrema-direita, União Nacional, Marine Le Pen, felicitou o partido neelandês e o seu líder "pelo desempenho espetacular nas eleições parlamentares, que confirma o crescente apego à defesa das identidades nacionais".

"Porque há pessoas que se recusam a ver a tocha nacional apagada, a esperança de mudança ainda está viva na Europa", escreveu Le Pen na rede social X.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, do partido Fidesz, fez uma referência à música "Winds of Change" (Ventos de Mudança) da banda de rock alemã Scorpions, associada à queda da União Soviética, para dizer que "os ventos da mudança chegaram".

O ministro italiano das Infraestruturas e dos Transportes, Matteo Salvini, partilhou uma imagem com o "amigo Wilders", um "aliado histórico da Liga" do Norte, o partido de Salvini, e deu-lhe os parabéns por "esta extraordinária vitória eleitoral". "Uma nova Europa é possível", acrescentou.

De Espanha, o presidente do Vox, Santiago Abascal, aproveitou a oportunidade para afirmar que "cada vez mais europeus exigem nas ruas e nas urnas que as suas nações, as suas fronteiras e os seus direitos sejam defendidos".

O partido liderado por Geert Wilders, de ideologia de extrema-direita e contra a imigração, deverá duplicar o número de deputados e vencer a coligação formada pelo Partido Trabalhista e pelos Verdes.

"Somos o partido mais votado na Holanda e posso garantir que os eleitores falaram", disse Wilders, que garantiu que os neerlandeses "estarão mais uma vez em primeiro lugar".

A Câmara dos Representantes é composta por 150 deputados, o que significa que o PVV tem de obter o apoio de vários partidos para atingir os 76 deputados que lhe garantam a possibilidade de suceder a Mark Rutte na chefia do Governo.

Os holandeses votaram na quarta-feira em eleições legislativas antecipadas, convocadas depois de o primeiro-ministro ter anunciado a dissolução do Governo no verão passado, devido a disputas internas sobre migração.

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