Na cidade de Manassas, estado da Virgínia, a cerca de 40 minutos da capital dos Estados Unidos, Washington D.C., existe uma pequena comunidade portuguesa. É domingo à tarde e em Portugal joga o Benfica. Sentados ao balcão de um restaurante português, os homens têm os olhos postos no jogo. Faltam apenas alguns dias para as eleições americanas, mas durante estas horas as conversas são acerca da tática desportiva. Aqui a televisão mostra notícias portuguesas, por hábito, mas em casa de um imigrante português, que pediu anonimato ao Expresso, é sobretudo na Fox News que se ouvem as notícias do país.
Esta rede conservadora, que afirma ser alternativa às emissoras de centro-esquerda, é o canal de notícias mais visto nos Estados Unidos. Em setembro, a Fox News — com tendência pró-republicana — liderou as audiências, com mais de 2,5 milhões de espectadores em horário nobre. Em segundo, a MSNBC — tendencialmente a favor do Partido Democrata, com 1,43 milhões — e, em terceiro, a CNN com 853 mil. Os eleitores tornaram-se mais polarizados à medida que surgiram mais fontes de meios de comunicação partidários, ou o contrário? E de que forma é que isso afeta as eleições presidenciais de 2024?
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