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Eleições americanas 2024

“Se os apoiantes de Trump acreditam que a anterior eleição foi roubada, então esta pode ser a segunda vez que lhes passam a perna”

Kevin Arceneaux é Professor de Ciência Política e Diretor do Centro de Investigação Política da Sciences Po (CEVIPOF) em Paris
Kevin Arceneaux é Professor de Ciência Política e Diretor do Centro de Investigação Política da Sciences Po (CEVIPOF) em Paris
Alexis Lecomte/Hand-out

Quase 70% dos republicanos acreditam que Joe Biden não é o Presidente legítimo dos Estados Unidos. Se Donald Trump voltar a perder, é provável que o sentimento se adense e que estas pessoas se sintam defraudadas uma segunda vez. Kevin Arceneaux, professor de Ciência Política, explica ao Expresso o perigo das bolhas mediáticas. O também diretor do Centro de Investigação Política da Sciences Po (CEVIPOF), em Paris, e investigador nas áreas de psicologia política, comunicação e comportamento político conta como foi viver as eleições de 2000 e 2004, quando os democratas acharam (mesmo) que tinham vencido

“Se os apoiantes de Trump acreditam que a anterior eleição foi roubada, então esta pode ser a segunda vez que lhes passam a perna”

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Kevin Arceneaux é Professor de Ciência Política e Diretor do Centro de Investigação Política da Sciences Po (CEVIPOF), em Paris. Escreveu, em parceria com outros estudiosos da área dos estudos de comunicação política, o livro “The House that Fox Built”, sobre a influência das emissoras partidárias na formação da mentalidade política dos cidadãos dos Estados Unidos da América.

A sua investigação académica foca-se na forma como a nossa dieta mediática modela as decisões políticas que tomamos e como essas decisões são, por sua vez, cada vez mais produto dos grupos com os quais nos identificamos nas redes sociais. Foi nesse âmbito que o Expresso o entrevistou, três dias após o debate entre Donald Trump e Kamala Harris, realizado a 10 de setembro.

Entre outras coisas, quisemos saber porque parece Trump ter desistido de captar eleitores fora da sua bolha, ao falar quase exclusivamente para a sua base mais radical — o chamado mundo MAGA, iniciais do slogan de campanha “Make America Great Again”, ou Tornar a América Grande de Novo — num ato de projeção nacional, e o que pode acontecer se o Colégio Eleitoral ficar empatado.

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